O Toyota Corolla é líder absoluto de sua categoria aqui no Brasil e muitas vezes foi considerado o carro mais vendido do mundo. A questão é que o nome Corolla nunca foi apenas de um sedã médio 4 portas para os padrões do Brasil ou um sedã compacto para os padrões lá de fora. Tivemos carros batizados de Corolla com as mais diversas carrocerias, e isso que vamos ver nesse vídeo!
O principal Corolla que deu origem ao sucesso do nome foi um pequeno carro lançado em 1966 com opções de carroceria coupé e sedã, lembrando muito o estilo do Chevette. Tiveram versões 4 portas, mas não eram muito desejadas ainda nos anos 60. Essa primeira geração foi até o ano de 1970, onde foi lançada a segunda geração.
Com traços mais limpos não mudou tanto em relação a primeira geração, mas foi suficiente para reforçar o nome no mercado e ainda ter como opção pela primeira vez de uma SW, ou como eles chamavam no Japão, Corolla Van.
A terceira geração chegou em 1974, com a frente mais ao estilo Ford Mustang. O carro continua com opções sedã 2 portas, sedã 4 portas, coupé e station wagon. Como era vendido nos mais diversos mercados, ele recebia algumas mudanças de acordo com os costumes de cada país.
A quarta geração temos a primeira mudança radical no design, já que o carro agora ganha faróis duplos em algumas versões e farol quadrado em outras. Cada vez mais os modelos coupé e sedã se distanciam, ganhando traços mais voltados a proposta de cada um.
Ainda tivemos o inédito Toyota Corolla Liftback e o belo Sport Coupé para o mercado americano sem os retrovisores na linha do capô e o SR já para o mercado japonês com os retrovisores avançados.
Outra novidade era o Toyota Corolla Wagon que ganhava a opção de 4 portas para atender às novas exigências do mercado mundial. Até uma versão conversível surgiu.
A 5 geração evolui ainda mais, mostrando uma carroceria mais moderna com faróis mais finos. Era o início também da versão Compact, ou hatchback.
É nessa geração que temos o lendário AE86, um dos carros favoritos de quem pratica Drift. Com faróis escamoteáveis e parte inferior toda preta, é impossível não reconhecer nas ruas esse belo Toyota Corolla SR5 Sport Liftback. Ainda temos o Sport Coupé, não tão charmoso quanto e o o GT-S, que perde a pintura preta inferior e tira também um pouco do charme do liftback.
A 6ª geração temos uma separação ainda maior de estilos entre as propostas dos carros, mostrando como cada vez mais o nome Corolla se mantinha nos carros por tradição e plataforma, já que atendiam públicos bem distintos. Se pegar o SR5 Sport Coupé e colocar ao lado do Corolla 4WD ou All-Trac, dificilmente você diria que são carros de mesma família.
Nessa geração temos também o GT-i 1.6, um hot hatch de respeito com visual bem esportivo e tocada de dar inveja até carros atuais.
Chegamos finalmente na 7 geração, a primeira que tivemos contato aqui no Brasil de forma oficial sendo importado em 1992 em sua versão LE com motor 1.8 16v de 115cv. Seu visual era elegante, com um porte interessante que o fez ser vendido como médio no Brasil.
Lá fora ainda tivemos as versões Compact com 2 e 4 portas, além da liftback e SW com variação de estilo conforme o mercado ao qual era destinado. Até 1997 era uma perua comum, porém recebeu um tapa no visual que a deixou bem mais moderna, conseguindo sobreviver até 2002 com esse visual.
Ainda tivemos o Corolla FX, um coupé 2 portas com design mais europeu, lembrando bem o Xsara Picasso e não mais o clássico AE86. Esse teve em 3 gerações, sendo E80 de 84 até 87, o E90 de 87 até 92 e o E100 que foi de 1992 até 1995.
Chegamos então na 8 geração, a primeira fabricada no Brasil. Apesar de ser a sucessora do modelo importado, seu design fazia ela parecer menor que a geração passada, principalmente pela adoção de lanternas arredondadas e altas.
Mas essa geração chegou ao mercado japonês em 1995 e não era nem de perto bem resolvida como essa nossa ainda.
Chamado de Toyota Corolla Saloon, parecia um sedã 4 portas genérico, sem personalidade. A traseira que anteriormente tinha lanternas interligadas, agora tinha uma lanterna também genérica e avulsa. O que impressiona é a semelhança com o Honda Civic, lançado na mesma época.
Em 1997 então, talvez para tentar bater de frente com o Civic que tinha linhas mais modernas, tiveram a brilhante ideia de colocar faróis redondos de volta ao Corolla tanto na sua versão hatchback quanto na sedã e sw.
Pra sorte da Toyota, o nome Corolla era realmente muito forte, pois nenhuma outra montadora conseguiria segurar um carro tão estranho em linha por 2 anos. Então em 1999 o Corolla europeu já recebe algumas mudanças visuais para tentar melhorar sua imagem diante dos consumidores, mas não chegou nem perto de ficar algo lá muito harmônico.
Enquanto isso, o modelo japonês se modernizava, evoluindo principalmente na traseira sem graça lançada lá em 1995. A lanterna agora separada em 3 andares também distanciava o carro do Honda Civic.E com essas mudanças que tivemos o modelo nacional lançado.
Correndo por fora, ainda temos o Corolla americano, reforçando a cada geração a busca da Toyota em lançar seus carros pensados para aquele exato mercado, chegando nessa geração ter 3 carros bem distintos. A versão americana era um pouco mais esportiva que a japonesa, mas menos extravagante que a europeia.
Em 2002 ela passou por uma mudança para se segurar até a nova geração ser lançada. As principais mudanças estão na frente, ainda mais agressiva com novos faróis e grade menor. Junto dela tivemos o lançamento da versão S, que viria a se tornar uma tradição naquele mercado.
A 9ª geração do Corolla chegou ao Japão quase que de forma independente do resto do mundo em 2000, enquanto outros mercados foram receber um novo carro só nos anos seguintes. Seu visual era bem distinto da geração passada, mas não agradaria de fato todos mercados e foi muito bom a Toyota ter pensado assim.
A versão hatchback foi ainda mais reforçada para o mercado europeu, chegando em 2001 ainda com traços bem semelhantes ao do modelo japonês, mudando detalhes do farol e grade dianteiras.
Pra nossa sorte, o modelo lançado no Brasil em 2002 era baseado no modelo americano, que apesar de ser um dos carros mais tiozões da história de sedãs médios nacionais, perto do modelo europeu era bem mais elegante.
Com faróis mais baixos e de dupla parábola, ficou conhecido como Brad por conta do garoto propaganda da época, o ator Brad Pitt. Graças e esse modelo, o Corolla se tornou um sonho de consumo de quase todo brasileiro, pois era um carro extremamente reconhecido por sua robustez aliada a economia de combustível em um carro com desempenho bom. O que mais um brasileiro médio poderia querer?
Nem mesmo a sua maior rival Honda chegou perto de conseguir tantos compradores, mesmo entregando praticamente as mesmas qualidades do Corolla. E foi aí que começou o desenvolvimento da maior arma anti Corolla que o mundo já viu. O nome era Honda New Civic.
Nessa disputa de Civic vs Corolla, a Honda sempre entregou carros mais esportivos no visual que a Toyota. Mas dessa vez ela foi longe demais, entregando o sedã médio mais bem resolvido de todos os tempos. Perto dele o Corolla parecia um carro 10 anos mais velho do que de fato era.
Então todos esperavam ansiosos a nova geração do Toyota Corolla, já que a Honda começou a roubar a liderança do Corolla no Brasil e claro, em vários outros mercados pelo mundo. Mas muito caíram do cavalo, já que achavam que o novo Corolla seria um carro muito mais esportivo do que a geração Brad.
Diferente de nós, os japoneses tiveram a nova geração do Corolla quase que junto do Civic. Em 2006 era esse Corolla apresentado para aquele mercado, onde recebia o sobrenome Axio. Era uma evolução clara do modelo Brad, modernizando apenas o essencial para entrar no mercado.
A Fielder que em nosso mercado tinha traseira europeia e frente americana foi até cogitada para nosso mercado novamente, mas ficou só nos sonhos dos adoradores de peruas. Foi então que em 2007 chegou ao mercado europeu o Corolla que viria a ser o nosso também.
Sim, ele era muito mais elegante que o Axio, ainda que usasse o mesmo interior. Não fugia muito do que sempre foi o Corolla, um carro de tiozão, mas dessa vez ele era o carro do tio bem vestido, que sabia ser moderno sem parecer um sufista de 60 anos.
Não sabemos o motivo, mas a cluster do modelo europeu nunca chegou ao nosso mercado. O mais provável seja por economia, pois ela troca ponteiros por telas digitais para mostrar combustível eu temperatura.
A versão topo de linha ainda era conhecida como SE-G no seu lançamento, contando até com plásticos que imitam madeira. Não conseguia ser futurista como o Civic, mas não teve nenhum concorrente com interior tão bem resolvido como esse, sendo até visto por muito o interior mais bonito de todos os Corollas.
Já a versão hatchback do Corolla apostava novamente no estilo próprio, se afastando ao máximo do visual de sedã familiar e tentando buscar um público mais jovem, que consumia esse tipo de carroceria.
Tivemos ainda as versões S e XRS nessa geração, tentando dar um pouco de esportividade ao modelo que já teve uma grande história nas pistas mas perdeu isso a cada nova geração.
Em 2010 chega a Europa o primeiro tapa no visual dessa geração, que não foi lá uma grande evolução para o carro. A tentativa era deixar o modelo mais moderno e quem sabe esportivo, mas tem quem diga que ficou com cara de gambiarra tirando a personalidade do mesmo.
Já na traseira tivemos as maiores críticas, já que a nova lanterna parecia vinda de um filme de velozes e furiosos. Com dois círculos ligados por uma faixa onde fica a seta, até passaria se não fosse a gambiarra feita para não ter que mudar a forma da tampa do porta-malas, ficando ali com um puxadinho sem sentido algum.
Se você acha que isso é besteira, veja o modelo americano do Toyota Corolla S 2011 onde ela foi devidamente instalada sem a necessidade dessa parte branca na tampa. Muito melhor não?
E pra quem gosta de versões esportivas mais enfeitadas, a Toyota lançou em 2013 o Corolla Altis 1.8 TRD Sportivo. Com direito a saias esportivas, rodas dessas genéricas que você encontra a venda em qualquer loja e claro, faixas laterais e um belo aerofólio!
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